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Mostrando postagens de julho, 2023

Projeção coletiva de valores de fachada

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  Vejo o complicado contexto sócio político do Brasil atual sob uma perspectiva psicológica e até mesmo de afinidade de vibrações espirituais e entendo que a eleição de Bolsonaro foi uma espécie de projeção coletiva. E não se trata apenas de afinidade de pensamentos ou de uma certa cultura dita cristã compartilhada. A meu ver, há muitos outros elementos que não são tão visíveis ou mensuráveis. Há séculos que nós como sociedade propagamos valores que estão associados à nossa cultura judaico-cristã ocidental. Só que tais "valores" culturais tem passado por um desgaste nos últimos tempos, pois carregam no seu bojo a naturalização da misoginia (preconceito contra as mulheres), a homofobia e outras coisas tiradas do livro de Levítico sem a devida contextualização social.  Desse modo, na medida em que tais valores não passam por uma atualização, se somando a uma retórica de certos líderes que  pregam preconceitos, o uso de armas e até a violência contra os que pensam diferente dele

Decidi escrever

  Em 2009 fiquei com um desejo incontido de escrever, já antevendo, inconscientemente, a importância da escrita em minha vida.  Já escrevia bem desde há alguns anos, mas foi a partir daí que surgiu a necessidade de botar pra fora as coisas que eu sentia ou as minhas reflexões sobre algum assunto que permeava a sociedade da época. Quase 15 anos se passaram e eu aprendi razoavelmente bem a arte da escrita.  Hoje vejo a escrita como uma terapia, uma válvula de escape das pressões cotidianas que estão cada vez mais desafiadoras. Especialmente agora, num período pós pandemia no qual vemos as transformações acontecendo no dia a dia num mundo que parece nitidamente em mudança, numa transição em que o aparentemente ruim do momento pode e deve ter bons resultados.  Escrever, então, é poder expressar minhas opiniões sobre como vejo as coisas que acontecem ao meu redor, como também uma forma de me exprimir. Depois continuo eeees texto 

já conversou com você hoje?

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    Num ritmo quase alucinado, estando sempre ocupado, atarefado,  correndo, atabalhoado, parece ser proibido ficar parado, pois é intrínseco ser necessário estar quase sempre com (com o exterior) conectado. Será isso uma fuga do essencial, do nosso ser profundo do nosso eu e real ?  Será que não estamos correndo do nosso verdadeiro eu nesse ritmo frenético da vida conectada e moderna? Às vezes temos que dar uma parada, refletir sobre as escolhas da jornada e internalizar as conquistas alcançadas, pois muito conhecimento precisa de digestão num determinado momento e da prática em sociedade só teoria não passa de vão conhecimento. Uma doença pode fazer a gente parar, pensar nas escolhas, ponderar nos êxitos e equívocos e traçar novas rotas mais seguras. Nesse sentido, ela (a doença) pode ser, nessas circunstâncias, um recurso que pode  nos impulsionar como ser, pois nos dá o ensejo de promover um encontro com nosso eu, de quem vivemos constantemente correndo nesse turbilhão tecnológico