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Mostrando postagens de novembro, 2023

O futuro e suas possibilidades...

  A vida, nos últimos tempos, tem me dado uns solavancos necessários ao meu crescimento como ser, pois reconheço que muitas vezes tenho resistido a um avanço mais significativo que, mesmo consciente e com as ferramentas necessárias para isso, ainda encontra alguns entraves em mim. Há algum processo (que não é mais inconsciente)que ainda tem impedido um avanço maior, mas creio que a vontade, um querer forte e verdadeiro é a chave desse processo. Assim, hoje estou vivendo um dia cada vez, mas, ainda assim, me permito fazer divagações sobre um futuro próximo, visto que me aproximo dos sessenta anos e não pretendo estender meus labores remunerados além desse limite. Ou, pelo menos, não muito além disso, pois o desgaste da rotina em sala de aula tem sido cada vez maior. Há compensações nas relações humanas que tem sido um aprendizado e tanto, mas as energias dispersadas às vezes são demasiadas. Então, depois de muita reflexão, cheguei à conclusão de que eu mereço viver um pouco de paz e tra

Conversando com minhas vozes.

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  Hoje vivo um dia de cada vez, pois o desgaste psíquico nunca foi tão forte e a insônia volta  a ser um tormento quase diário. Mas alguém poderia perguntar: - Mas Francisco, 2023 teve coisas boas apesar do extremo desgaste? - Foi um ano profundamente profícuo e de aprendizados profundos, responderei, mas o desgaste chegou num ponto limítrofe. - Mas a relação com os alunos foi desgastante? Uma das vozes mentais me pergunta. - A relação com os alunos, paradoxalmente, teve ganhos significativos e, talvez eu nunca tenha crescido tanto e aprendido tanto nessa relação com eles. - Mas, se houve ganhos significativos, não vale a pena continuar? - Que vozes chatas! Tá bom. Continuar eu quero, a relação com os alunos tem sido terapêutica, mas.... - Mas o desgaste é grande? - O desgaste psíquico tem sido imenso, quase insuportável noutras relações. - A relação com outros educadores ? - Exato. Muita intriga, picuinha e, o que muitas vezes é insuportável, o preconceito contra os alunos. - Há preco

História de um menino lerdo. Parte 1.

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 - Menino! Acorda! Estou falando com você! Será que esse menino bate bem da cachola? Um minuto depois…. -O que foi mãe? -Já tem meia hora que tô falando com você seu pateta! Será que vou precisar te internar num manicômio? -O que é manicômio? Entre dentes: -Deixa isso pra lá menino retardado… Na escola, o processo era, invariavelmente, o mesmo. -Cadê a tarefa que passei no quadro, João? E os tapas e aqueles beliscões com as unhas enormes da professora Gissélia vinham em seguida. Reagir era apanhar em dobro em casa. Algumas vezes João dava conta das tarefas escolares, mas nunca havia continuidade no processo, pois em casa não havia incentivo e ninguém acompanhava o "processo educacional" do menino e dos oito irmãos. Todos estavam no mesmo barco, talvez com algumas questões cognitivas em comum, mas João era diferente dos irmãos por ser uma criança muito introspectiva. -Seus pais vão te dar uma surra se te ouvirem falando esse palavrão, João! -Tá bom, eu sei que eles não vão com

Crenças limitantes...

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  - Não adianta mestre! Minha vida é mesmo uma sucessão de derrotas. - Mas será que você não pode mudar isso? - Eu não acredito nessa possibilidade. Sou incapaz de mudar. - Essa é uma mentira na qual muitas pessoas se acostumaram a acreditar. - Mas é uma verdade na minha vida. - Verdade que você criou e quer acreditar. - Como assim mestre ?  - Você cria suas crenças internas e elas conduzem sua vida. - Mas eu não posso mudar algo que aprendi com minha mãe, que aprendeu com a mãe dela.... - Você acredita que não pode mudar, mas as coisas não são assim. - Mas eu posso mudar algo arraigado e seguido por todos os meus familiares? - Cada um de nós somos capazes de fazer nossas escolhas, independentemente de crenças e do histórico familiar. - Mas quebrar esse ciclo é quase impossível. - É difícil mesmo, mas não impossível. - Eu não sei se consigo. - Todos nós somos capazes de mudar. - O que devo fazer mestre? - Comece combatendo mentalmente os pensamentos negativos, que, geralmente, alimenta