Causa e consequência?


 Causa e consequência?


    Os padrões de comportamento e os estereótipos dos mais  diversos sempre nortearam  os modos de agir das sociedades. Assim, viver  numa sociedade é se enquadrar em determinados grupos sociais pré existentes.

 

    Quem age diferente ou apresenta padrão comportamental diverso, pode arcar com as consequências, pois o ser humano, quando em grupo,  costuma ser cruel. Não há perdão para os deslocados, os gays, os feios, os gordos….


    No Brasil nunca foi diferente  esse padrão. Talvez, por aqui, a falta de empatia e compreensão do outro ainda seja maior, pois há aspectos ligados a uma cultura do preconceito dentro das próprias religiões herdeiras do cristianismo. Por aqui, a cultura do negro é sempre associada ao mal, à figura mitológica do demônio. 


O conservadorismo é algo paradoxal por aqui, pois o povo pobre costuma ser manipulado pelos mais aquinhoados e, adota os valores da mesma elite que lhes tira os direitos. 


Como entender um negócio desses??


   O poder político sempre esteve distante do povão e, quando um representante da classe trabalhadora chegou ao posto de maior mandatário, sofreu toda sorte de perseguição daqueles que o consideravam diferente.  


  • Como tolerar um pobre, Paraíba e analfabeto como presidente?  


Esse era falso discurso da elite replicado e  repetido por milhões de pobres, muitos beneficiários das novas políticas públicas que, para o desespero dos ricos, visava a uma sociedade com  menos desigualdade.


O pobre e Paraíba virou uma persona non grata para boa parcela da elite, apesar da excelente gestão como mandatário do país.


Quem é diferente ?


    Por falar em diferente, não pudemos nos esquecer daqueles que  apresentam algum transtorno de ordem psicológica ou comportamental. Historicamente, sempre foram isolados em manicômios e hospícios, mas, hoje vemos, que o buraco é mais embaixo. O problema é maior, muito maior do que possa imaginar a mente mais fértil.


Há milhões de pessoas que apresentam transtornos de algum tipo no Brasil. Há excessos de intolerância, igrejas que propagam todo tipo de preconceito e pessoas com sérios problemas de autoaceitação e, consequentemente, baixa autoestima. 


Mas, como dito acima, o operário-Paraíba nunca foi aceito pela elite e a imprensa, que representa os valores e interesses dessa mesma elite, começou uma campanha de ódio contra o Paraíba-retirante que ousou se meter no meio dos ricos. 


O povo pobre com seus transtornos e preconceitos arraigados começou a procurar alguém que fosse mais à sua imagem e semelhança. O operário, mesmo com suas grandes realizações, só era querido por aqueles que sabiam aquilatar seu valor. 


Porém, a manipulação midiática diuturna, extraiu do povo seus piores sentimentos. Um povo sofrido, discriminado, vilipendiado e vendo seu presidente escrachado e transformado em inimigo público número um, precisaria de muito discernimento para ver com clareza o que estava acontecendo.


O tiro saiu pela culatra.


Entretanto, a elite, por meio da imprensa esperava controlar o processo eleitoral. Mas o povão estava carente de um "mito", pois seu representante estava sendo trucidado pelos interesses corporativos dos ricos. Mas, as coisas não saíram como o planejado. Os preferidos dessa elite eram à sua imagem e semelhança, isto é, eram corruptos e ladrões que passavam uma imagem de bons moços.

  

Toda sujeira veio à tona, mas os magistrados, representantes dessa mesma elite, ignoraram inúmeras provas, já que esperavam a eleição daqueles a quem deveriam acusar. Mas uma parcela do povo,  mais esclarecida jogou a merda no ventilador.


 Os candidatos dessa  elite corrupta saíram chamuscados de merda, apesar da proteção explícita e despudorada do corrupto poder judiciário. Então, foi merda para tudo que é lado e o descontrole gerou uma insegurança monstruosa no povão. 



O mito falastrão


Como dissemos acima, os transtornos de vários matrizes estão por toda  parte e acometendo milhões de pessoas do nosso imenso Brasil. E, eu defino esse momento louco numa frase:

 

-"Ser diferente é normal". 


Um personagem caricato, com sérios transtornos de comportamento e que falou o que o povo queria ouvir na hora certa foi a tábua de salvação para muitos órfãos de representação política. Ele nem precisou ter programa de governo. Bastou um discurso (vazio) anti-sistema e o povo já embarcou.


O ódio foi planejado e cuidadosamente plantado no coração do povo (terra fértil para esse tipo de sentimentos).  


AGORA A COLHEITA É OBRIGATÓRIA até que o egoísmo não seja mais, entre nóis, essa chaga purulenta.


SERÁ QUE ESTAMOS VENDO APENAS A LEI DE CAUSA e CONSEQUÊNCIA EM AÇÃO??


Francisco Lima







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