Terapia coletiva?
O momento em que vivemos é complicado, as pessoas estão se mostrando sem máscaras e as doenças mentais aparecem mais do que nunca.
Não é que os transtornos de todo tipo tenham aumentado devido ao contexto pandêmico. Eles estão mais visíveis, mas não são os principais problemas que enfrentamos.
Me parece que, agora, os transtornos da mente (antes escondidos) de uma sociedade cada vez mais doente, estejam apenas mais visíveis, mas nada me leva a crer que tais problemas já não existissem antes. Parecem estar em escala ascendente, no entanto.
Mas, o pandemônio coletivo que vivemos, no meu modo de ver, pode trazer benefícios, porém, somente para aqueles (ou aquelas) estiverem prontos para se verem no espelho sem as máscaras convencionais.
Nesse caso, porém, não me refiro mais às doenças mentais e sim aos comportamentos sociais que mostram, que expõem com clareza o pior que há dentro de nós(humanos em geral). O monstro que vivia dormindo (algumas vezes dentro do nosso inconsciente ) ganhou vida e está solto pelas ruas em plena pandemia.
Loucura ou terapia coletiva?
Até bem pouco tempo atrás, eu mesmo enxergava o contexto em que vivemos (especialmente no Brasil) como um surto loucura coletiva.
Porém minha opinião variou nos últimos tempos, visto que tudo o que vivemos tem o objetivo de nos impulsionar para o crescimento.
Esse momento não pode ser diferente. Talvez seja potencializado e impulsionado por fatores dos mais diversos, mas penso, ainda assim, que ele pode ser propício à nossa renovação.
Um espelho às avessas
Então, vejo as sociedade terrenas e, especialmente, a brasileira, vivendo uma espécie de TERAPIA, na qual os comportamentos e atitudes alheios (expostos todos os dias) entram em confronto com os nossos conteúdos mentais (e espirituais) e pode nos levar a tentar corrigir aquilo que não queremos mais abrigar dentro de nós.
Entretanto, pode acontecer dessas atitudes vir ao encontro dos anseios do nosso ego. É ai que o monstro submerso no inconsciente pode (ou não) submergir aos poucos. Se não fizermos nada para detê-lo ele irá nos controlar.
É sempre bom lembrar que somos nós que fazemos as escolhas que nos convém no momento. O monstro do egoísmo, da intolerância, do preconceito... só vai ficar no controle com a nossa tácita autorização.
Vamos aproveitar o momento para derrotá-lo ?
Francisco Lima
Bom dia
👍
ResponderExcluirÓtimo texto. Realmente esse isolamento (mas muito já existia, efeito Bolsonaro) oportunizou o as máscaras caírem. Doente essa gente sempre foi, como mostraa o seu comportamento ao longo da História. Mas até as pessoas ditas "normais", balançou em algum momento desse isolamento. Cada uma do seu jeito. Afetou principalmente quem não tinha muita intimidade consigo mesma. Mas tiveram com isso a oportunidade de se conhecerem, tempo não faltou e não faltará por mais alguns meses... Como vc diz, tirar a máscara e olhar--se no espelho. Poucos conseguirão recolocá--la. Foi amizade balançada, relação discutida, descobertas de si e do outro boas ou ruins. Os que sofrem de transtorno não devem ter sido afetados, digo os assumidos e tratados, justamente por isso. Mas o que vimos foi doloroso. Acho que a maldade é uma doença. Mas não sei se já existe remédio contra isso. Eu sofri porque sempre acreditei na humanidade. Apostava nela desde sempre. Sei que ela irá se melhorar a cada degrau evolutivo. O problema é que pensei que ela já estivesse no caminho mais perto da solidariedade, do amor ao próximo. Quebrei a cara. Não sei se vc me entende, fui criada sem Deus, então minha fé estava na Humanidade. Agora tenho fé em mim e numa força maior que rege a nossa evolução. Amo a natureza, a arte, os amigos. E acredito na Ciência.e no bem. Tento seguir os ensinamentos de Jesus pra me fortalecer e melhorar sempre. E acredito que o Amor é a solução pra todos os males.
ResponderExcluirConcordo com você em quase tudo. Mas acho que você não foi criada sem Deus. Ele está e sempre esteve dentro de você.
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