O bem acabou reinando em Rachadovisk.
As coisas iam de mal a pior no reino de Rachadovisk, pois, como vimos, a peste (agora já se sabe que é a peste bubônica) voltou a assombrar o povo depois de décadas.
Quando Amild (a irmã do rei) tentou alertar o soberano:
A peste bubônica vem das pulgas dos ratos. Nesse momento, temos que providenciar o remédio para a população e depois arrumar um lugar afastado onde se possa descartar todo o lixo.
Essa doença é passageira. Além do mais, o povo é forte. E não havetia dinheiro para comprar remédio para toda população.
Acho que se houver menos gastos com os luxos da corte e cortes em outras áreas se consegue a a verba necessária para imunizar a população.
Nem pensar. Não posso romper com compromissos já assumidos.
E a doença ganhou proporções inimagináveis e acabou chegando na corte, pois naquele tempo, as condições de higiene eram precárias até entre os ricos. Nobres começaram a morrer em função da terrível doença que, até então, era minimizada pelo governante maior que começou a sofrer pressões da nobreza, dos seus conselheiros (ministros) e um fato terrível veio para jogar a última pá de cal na imagem (já muito arranhada) que Otim ainda ostentava perante parte da população.
O rei tinha uma amante (ele era casado) que morreu da peste (bubônica) e tal fato gerou um escândalo no reino. Além do escândalo, o rei podia estar contaminado e a morte lhe causava verdadeiro pavor.
Enquanto Amild não tinha o menor medo da morte e continuava dedicando seu tempo no amparo ao povo doente e necessitado, o irmão ficou doente só de pensar na possibilidade de estar infectado.
Porém, a terrível doença não escolhe cara. Amild chegou em casa apreensiva, pois o secretário pessoal do irmão a procurara:
O rei está doente! Foi logo dizendo sem rodeios.
Amild encontra o irmão muito mal. Este, talvez temendo um inferno bem presente no imaginário do povo só tem tempo para balbuciar algumas palavras:
Perdão, pois sei que fui omisso. Peça perdão ao povo por mim
Otim morreu dias depois e centenas de membros da nobreza já tinham seguido o mesmo caminho sem volta. Mas essa doença havia humanizado muita gente. Até mesmo alguns nobres extremamente egoístas e aínda sobreviventes agora defendiam a imunização total do povo
Amild assume o trono e uma nova era estava prestes a começar. O povo seria todo imunizado, haveria uma tentativa de conscientização sobre o descarte correto do lixo.
Anos se passaram e Rachadovisk já não parecia aquele reino devastado pela fome e pela doença de outrora. Investiu-se maís na agricultura e a rainha tinha no combate a fome e as desigualdades sua principal bandeira.
Até hoje ninguém consegue entender como a peste bubônica não atingiu a rainha, pois ela ajudou a socorrer muitos doentes em estado terminal. O povo a julgava uma "santa" pelo fato de ter escapado ilesa dessa situação.
Amild não alimentava os mitos do povo. Apenas governava (ou reinava?) sempre visando ao bem comum.
Será que algum dia ainda teremos o reinado do bem em todas as partes do mundo?
Se cada um fizer a sua parte, o bem reinará um dia, ainda que apenas nossos bisnetos, tataranetos ou tetra netos possam desfrutar disso.
Francisco Lima
Bom dia!!
Admiro sua visão otimista. E sensata. Não usufruaremos desse tempo em que ás desigualdades serão aplicadas e o bem será um denominador comum. Concordo.
ResponderExcluirA chegada de Amild ao trono, é um bálsamo para esse povo. A morte do rei egocêntrico pela própria moléstia que devastava toda gente é fenomenal. O povo se viu livre de duas doenças. Povo feliz!
Já em outro reino distante, a doença que assolava foi contida com eficácia pelo seu rei e seus ministros, pois ela envolvia a todos, todos os cargos foram acionados para a contenção da doença. Para ver que nem sempre se aprende com o exemplo do outro. Se o rei Ótimo se dignasse a olhar entorno, seu povo não sofreria tanto. Mas posso lhe dizer que não foi somente a epidemia que o matou. O transtorno mental que sofria proporcionara esse desfecho. E ao povo faltava conhecimento para perceber os índices contido em cada gesto e fala do soberano. E quem percebia sentir-se impotente diante da força que a ignorância o alimentava. Mas Deus, na sua bondade e justiça, livrou esse povo do caos em que aquele reino estava. E assim o bem venceu o mal e todos foram felizes para sempre.
No final o bem venceu, mas não pense que tudo isso aconteceu em pouco tempo. Muitos anos de sofrimento se passaram até que a peste (não o rei, mas outra peste) veio para mudar tudo. Mas graças a Deus tudo acabou bem.
ExcluirAplacadas. Droga desse corretor.
ResponderExcluirTrês Otim
ExcluirO corretor mais atrapalha do que ajuda. E eu preciso aprender a reler o que escrevo para confirmar se o que quis dizer está escrito corretamente. Desculpa os erros.
Excluir