Liberdade, igualdade, fraternidade ainda que tardias...
Liberdade, igualdade, fraternidade...os lemas do maior movimento social de todos os tempos, a revolução Francesa, continuam como demandas utópicas, pois esses ideias não passam de letras mortas perdidas dentro de códigos de leis que jamais entram em prática.
Se a liberdade pôde ser proclamada desde a abolição da escravatura ( mais uma letra morta), a pobreza e a miséria afetam a dignidade humana de quem não tem as condições mínimas de sobrevivência.
Como ser livre com a barriga vazia? Como aspirar a um ideal tão nobre sem um mínimo de dignidade?
Os agentes públicos não estão preocupados com a dignidade do povo e a liberdade desses é o pesadelo daqueles que tudo fazem para a manutenção de uma dependência os tornam marionetes de um sistema arcaico e corrupto e inflexível (por enquanto).
Falar em igualdade, mesmo que relativa, é ser taxado de comunista, palavra que muitos usam para xingar aqueles que não aceitam tanta miséria e opulência num contraste gritante que só a insensibilidade pode ignorar.
Aliás, a quase totalidade daqueles que usam o conceito de comunista como um xingamento não lhe entendem o significado. Repetem um bordão, pois são papagaios repetidores do discurso conservador da mesma a elite que o explora diuturnamente.
Vejo isso como uma espécie de síndrome de Estocolmo, pois a manutenção da miséria lhe é cômoda. Sair do comodismo dá muito trabalho!
A fraternidade anda de braços dados com a justiça social, sendo o sonho acalentado pelos canalhas esquerdopatas, comunistas FDPs que querem subverter a ordem estabelecida por Deus. Não se pode querer uma sociedade mais justa e solidária sem afetar os princípios basilares da criação.
Assim, se você é pobre é porque deus quis assim e nada se pode fazer a esse respeito. Pelo menos é o que se depreende dos discursos dos aquinhoados que se consideraram seres naturalmente privilegiados da criação.
Será necessária uma nova "revolução Francesa"?
Talvez as pequenas revoluções como a luta por direitos, por educação de qualidade e, principalmente, um maior grau de consciência de que seu voto tem consequência na sua vida prática, façam as "revoluções" (talvez de longo prazo), mas que começarão a mexer no status quo de uma estrutura social quase tão desigual como no tempo da revolução francesa.
Clero e nobreza (que não pagavam impostos) podem ser comparados, no Brasil, àqueles que tem muito dinheiro e que jamais pagaram impostos na mesma proporção do terceiro estado (classe média e povão). Mas o povo tem o voto e essa ARMA tem o poder de mudar a situação sem que um tiro seja disparado.
As revoluções sangrentas, na minha opinião, podem ser subsistidas pela conscientização e aí, quem sabe, futuramente, tenhamos mais liberdade (e menos miserabilidade), mais igualdade ( e menos egoísmo) e mais fraternidade (e menos racismo, discriminação etc.)
Bom dia!!
Comentários
Postar um comentário