O passado batendo à nossa porta.

 


Muitas pessoas passam pela nossa vida, mas poucas deixam uma marca indelével, pois isso requer aquele toque especial que somente se explica por uma certa afinidade de pensamentos, mas principalmente pela lealdade e outras atitudes e sentimentos recíprocos.


Então,  a vida continua sua marcha incessante, serpenteando, correndo como um Rio  e essas pessoinhas marcantes muitas vezes se distanciam, pois se casam e formam suas famílias, no entanto, as marcas que  caracterizaram as amizades do passado permanecem latentes no coração daqueles que cultivaram  as simpatias   e afeições recíprocas descritas acima.


Às vezes, um casamento se torna  barreira para a aceitação de uma amizade entre um homem e uma mulher. Mas, não somos homens ou mulheres, pois antes de qualquer coisa somos espíritos imortais que não tem sexo e, muito menos ainda, genitália.


As barreiras, nesse caso,  são os ciúmes do outro cônjuge que não aceita que sua esposa possa ter um amigo homem e vice versa. E assim, o tempo passa, as afeições do passado ficam no coração e a pessoa vai se deixando oprimir pelos poderosos grilhões do ciúme controlador.


Fruto do puro egoísmo humano, o ciúme é o termômetro para medir o que pode se caracterzar como um amor adoentado que, por razões óbvias, não tem nada a ver com amor. Então, pode-se  dizer que esses casais estão em desequilíbrio.  

Tanto quem aceita, quanto quem impõe esse ciúme doentio. Porém, mais adoentado é aquele que se acha dono do outro ou seja, o portador do ciúme.


Mas, apesar de tudo, as afeições de outrora permanecem ao contrário do suposto amor alimentado pelos ciúmes que não passa de uma paixão fugudia. 


Assim, o passado não será apagado, pois deixou marcas significativas, que cedo ou tarde podem vir à tona de uma forma ou de outra.


O passado, nesse caso, não é uma alma penada como diz a canção, mas pode representar aquele amigo ou amiga que a vida deixou guardado por anos ou décadas num cantinho todo especial do nosso coração. 




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