Se fosse eu agiria melhor !
Se eu fosse meu irmão teria tomado tal resolução diante daquela situação!
Se eu fosse meu vizinho, não seria tão complacente diante de semelhante fato!
Se eu ganhasse a grana que o Sr José conseguiu naquela ação, hoje eu estaria rico!
Comumente, ouvimos semelhantes considerações, mas será que dá para fazermos essa troca de personagens (nós como protagonistas das vivências alheias) sem cometermos um grande equívoco?
É muita presunção achar que nós, caso estivéssemos no lugar de outrem, teríamos tomado uma resolução diferente daquela tomada por aquele a quem apontamos o dedo!
Sempre achamos que agiríamos (no lugar do outro) com mais ponderação, inteligência, sabedoria.....
Quanta imaturidade nossa!
A primeira coisa a se considerar é se estamos usando toda essa ponderação, inteligência e sabedoria para resolver as situações que tocam a nossa própria vida! Com honestidade, a maioria de nós responderíamos NÃO a esse questionamento.
Devemos considerar também que nós não temos as vivências do outro, as experiências e dramas vividos por essa pessoa e, por essa razão, JAMAIS poderemos compreender as razões que o levaram a agir dessa ou daquela forma diante de determinadas situações.
Outra coisa: Sequer nos conhecemos como poderemos achar que seríamos diferentes estando no lugar do outro ?
Enfim, nossa imaturidade (em qualquer idade) é espantosa e continuamos repetindo comportamentos que teriam ficado num passado remoto com um mínimo de autoconhecimento. Porém, a escola terrena sempre nos dá novo ensejo de aprender.
Ser honesto consigo mesmo e aprender com seus próprios erros já é difícil, requer humildade. Falhamos até quando a razão mostra um lado mais equilibrado que deveríamos pautar, e a emoção nos cega, nos atropela. Prepotência é julgar o outro seja em que momento for. Caetano já nos diz que cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. Voltemos nosso olhar para dentro de nós e tentemos nos salvar.
ResponderExcluirAutoconhecimento é o caminho, a condição sine qua não.
Excluir