Acredito que um dos traumas mais difíceis de superar seja a ausência (física ou emocional) da mãe em nossas vidas, embora para a mulher, na maioria das vezes a ausência do paterno tenha um peso maior. Enfim, ficamos meio que incompletos, buscando algo que possa preencher um vazio que representa essa lacuna em nossas vidas. Muitos homens casam e transferem para a esposa esse papel fundamental na trama da sua vida, mas é óbvio que isso tem grandes chances de dar errado, pois a mulher não arrumou um filho para se casar e sim um homem que deve assumir o papel lhe cabe. Se negando a fazê-lo, os filhos chegando o obrigarão a assumir o seu papel na marra. Como um observador do ser humano que sou e também como alguém que viveu em profundidade a ausência de ambos os genitores, sofro conscientemente com a questão, mas também não deixo de perceber uma sociedade em boa parte imatura talvez presa no passado, nas experiências não vividas e com profundas cicatrizes transformadas em ...
Viver o melhor que podemos é aprender todos os dias, fazendo o possível, mesmo errando e tentando. Aprender é entender que erramos naturalmente, mas estarmos sempre dispostos a corrigir e seguir em frente. Errar é próprio daquele que está tentando acertar, mas que ainda está adquirindo as ferramentas e habilidades necessárias. Acertar é uma questão de persistir sempre, mesmo que, muitas vezes, tenhamos uma sensação de impotência. E, finalmente, persistir é errar, aprender com os erros, perseverar usar os erros como experiência de aprendizado e daí passarmos a errar menos e acertar um pouco mais. Chego aos 58 anos com a experiência de quem já errou e erra muito, mas disposto a a aprender e persistir para que esses equívocos não suplantem meu desejo de aprender sempre. Meu trabalho com outros seres humanos tem me ajudado muito na questão da transcendência do eu, da superação do natural individualismo, muito próprio do ser humano em aprendizado. Agr...
- Amiga consciência, hoje acordei refletindo sobre assuntos deveras complexos... - Do que se trata, meu pupilo que vives a divagar demasiadamente? - Estava pensando no nosso "livre arbítrio" , nas escolhas que fazemos e outras coisas mais. - E então? O que pensas a respeito? - Na minha opinião, o "livre arbítrio" é sempre limitadíssimo, até mesmo para quem atingiu um determinado nível de compreensão da vida. Ou seja, a ignorância te lava a tomar decisões equivocadas por falta de discernimento e o conhecimento funciona como um freio, pois já sabemos as consequências de determinadas atitudes. - Seu pensamento está em parte correto. Entretanto , em tese, todos sabemos o que é certo e o que é errado. Salvo nos casos de limitações orgânicas da máquina cerebral. - Concordo, mas também há fatores externos nos influenciando o tempo todo. - Sim, não nego que esses "fatores externos" podem influenciar nossas escolhas. Porém, à medida que vamos melhorando nossa per...
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