Sofrimento, culpa e arrependimento


Será que não há aprendizado sem o concurso dos erros que nos daria uma referência do caminho a seguir ?

Será que realmente temos que sofrer pelos mesmos equívocos antes de começarmos uma caminhada mais solida e segura ?

Errar e, especialmente, repetir os mesmos erros talvez não seja uma condição básica para se alcançar avanços e mudanças comportamentais. Porém, as mudanças comportamentais não acontecem de um momento para outro.  Ainda vamos tropeçar muito até caminharmos com segurança.

 Mas o que vai alavancar o processo de mudança então ?

 Repetir os mesmos erros  vai nos causando desconfortos e arrependimentos sucessivos até que se torne um processo mais consolidado. 

Mas é tão simples assim ?

É óbvio que não, pois o fator primordial dessa alavancada é o sofrimento, nosso inseparável e onipresente parceiro de caminhada.

Poderíamos viver sem o sofrimento ?

Enquanto não estivermos maduros o suficiente, ele estará sempre presente em nossas vidas. Porém, viver com menos sofrimento depende só das nossas atitudes.


Quer dizer que nós buscamos a companhia do sofrimento ?


Sempre fazemos isso, seja consciente ou inconscientemente, sempre atraímos sofrimento para nossa vida.


A busca do prazer pode estar associada ao sofrimento ?

O prazer que advém da satisfação de algum vício, por exemplo, é algo paradoxal, pois gera o gozo fugidio de alguns momentos, mas pode trazer muito sofrimento a posteriore.


Mas vale a pena buscar esse prazer então ?


Cada pessoa têm autônomia de pensamento e livre árbitro para fazer suas escolhas. No entanto, a questão da maturidade de cada qual é o que vai equilibrando essas escolhas.


Maturidade espiritual ?

Exatamente! Ela passa a guiar nossas escolhas à medida que vamos amadurecendo.

A culpa ajuda nesse processo?

A Culpa só atrapalha, o arrependimento é uma consequência natural nesse processo.


Se arrepender então é tentar fazer diferente ?

Sempre. O arrependimento trás a consciência de que podemos fazer diferente enquanto a culpa não propõe mudança. É como se o sujeito dissesse para si mesmo:   -Eu sou assim mesmo e nunca vou mudar.


Então o caminho é sempre estar disposto a mudança ?


Sempre, sempre, sempre!!


Vou pensar nisso.






Comentários

  1. Concordo. Essa é a teoria. E como toda teoria, plausível. A prática às vezes falha, por sermos humanos. Sendo os motivos não graves, não nos devemos condenar, afinal temos toda a eternidade para evoluirmos. Culpa, sofrimento, fazem parte da nossa vida, caso contrário não estaríamos aqui. Por que condenarmos pequenos prazeres que nos aliviam, mesmo momentaneamente? Eles também fazem parte da nossa vida. A mudança que todos queremos, ocorrerá gradativamente, não exijamos tanto de nós.
    Se todos fossem iguais a vc, que maravilha viver!

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    1. É verdade minha amiga. Mas me refiro ao exagero que é sempre prejudicial.

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