Justiça, ponderação e ponderação sempre....
As vezes cometemos o equívoco de entrar em questões que não nos envolvem diretamente e agimos pela emoção tentando defender o lado mais frágil em determinadas situações de contendas. Mas aí, temos de nos perguntar sempre:
- Nós todas as informações sobre a situação? Sabemos em pormenores todas as nuances da situação?
- Mesmo que a resposta aos questionamentos acima fossem sim, ainda caberia perguntar:
- Nós estamos diretamente envolvido na situação? Será que vale a pena se aborrecer por causa de problemas que não nos dizem respeito?
Então, escolhemos um lado, tomamos posição e ficamos tomados de raiva pelo lado oposto. Isso gerra desequilíbrio, altera nossa vibração para pior (às vezes muito pior) e depois sofremos as consequências de tal estado de coisas.
Supondo que não temos todas as informações sobre o assunto em, o que é muito mais comum, ainda podemos ser tomados pela culpa e nos perguntar:
- Será que estou sendo justo (a) com essa pessoa?
- Será que eu gostaria que alguém me condenasse sem provas se eu estivesse no lugar dela (e) ?
As vezes somos muito injustos e nem sequer nos damos conta disso. Muitas pessoas inocentes já foram linchadas até a morte, mas a maioria dos linchadores acham que não fizeram nada, pois matar um criminoso (a) a pancadas é fazer um favor para a sociedade. Há muita gente que pensa assim até ser diretamente envolvido na situação.
Dona Maria, por exemplo, defendia as ações da milícia do seu bairro, até que a milícia pegou seu filho. Ela, desesperada ainda perguntou:
- Vocês tem alguma prova de owuwtptwywturpttpttqtuque foi ele mesmo que assaltou a padaria?
- Os vizinhos o conheceram?
- Mas o assaltante estava de toca preto no rosto!
- Mas todos aqui conhecem seu filho e, além do mais, ele já foi denunciado pois está apertando um baseado na calada da noite.
- Mas aqui há muitas pessoas que fazem isso. Inclusive já vi alguns do pessoal de vocês fazendo isso.
- Não sei porque estou dando assunto assunto pra senhora dona Maria. O chefe disse para fazermos o serviço. Se quer reclamar, vá falar com ele. Mas você sabe que o risco de morrer junto com seu filho marginal pode ser o preço a pagar. Se eu fosse a senhora, aprenderia a educar melhor os outros filhos. Esse já era.
Gabriel, o filho de dona Maria jurava inocência, dizia que estava na casa de um colega na hora deo assalto, mas ninguém quis ouví-lo. Foi apenas mais um inocente assassinado pela sangrenta milícia do Rio de janeiro.
Dona Maria se mudou do bairro e passou a ver as tais milícias de outra maneira. Nunca mais defendeu esse tipo de bandido pago pelo estado que cometem barbaridade nas comunidades do Rio.
As vezes cometemos injustiças que não chegam a esse extremo, mas não deixam de trazer consequências para os envolvidos. Ainda mais para quem se envolveu sem ter nada a ver com isso.
Vamos aprender com a lição de Amil, que defendeu uma mulher que supostamente havia sofrido uma agressão doméstica e ele, comprando a briga da mulher, que havia encontrado na rua, foi na residência do casal e espancou o homem até que ele perdesse os sentidos.
Depois, pediu à mulher para registrar um BO na delegacia o ocorrido, visto que já estava com medo das consequências do que havia feito. A mulher se negou a fazê-lo e ele entrou em desespero:
- Mas você precisa fazer isso. Eu bati no seu marido para te defender.
- Eu não mandei você bater nele. Você fez isso por que quis. Não tenho nada a ver com isso.
- Mas como não tem nada a ver? Você me abordou na rua e me disse que ele estava te espancando.
- Me disse que ele havia me batido apenas. Os exageros são por sua conta.
- Mas e agora? O que faço? E se ele piorar?
-Que nada. Daqui a pouco ele acorda.
- Você não vale nada mesmo!
- Não pedi pra você bater nele. Vá embora que eu seguro essa barra.
Reginaldo foi embora muito preocupado com a situação. Antes de ir embora, porém, ele procurou sondar na vizinhança e descobriu que a mulher já havia feito isso outras vezes. Na verdade, o homen nunca havia batido nela, mas ela se vingava dele por causa dos seus casos extra conjugais.
Para a sorte de Reginaldo,o homem ficou bem. Com a cara toda arrebentada, mas não sofreu nenhuma lesão mais grave pelo que ele pode apurar.
Então, toda prudência na hora de tomar partido em situações similares a essa ou situações envolvendo outras pessoas. Sempre se pergunte:
- Será que tenho alguma coisa a ver com isso?
Em caso de resposta negativa, nem se envolva. Se a resposta for positiva, ainda assim, ponderação e equilíbrio sempre.
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