Livre arbítrio, sofrimento, escolhas...


 - Amiga consciência, hoje acordei refletindo sobre assuntos deveras complexos...

- Do que se trata, meu pupilo que vives a divagar demasiadamente?


- Estava pensando no nosso "livre arbítrio" , nas escolhas que fazemos e outras coisas mais.


- E então? O que pensas a respeito?


- Na minha opinião, o "livre arbítrio" é sempre limitadíssimo, até mesmo para quem atingiu um determinado nível de compreensão da vida. Ou seja, a ignorância te lava a tomar decisões equivocadas por falta de discernimento e o conhecimento funciona como um freio, pois já  sabemos as consequências de determinadas atitudes.


- Seu pensamento está em parte correto. Entretanto , em tese, todos sabemos o que é certo e o que é errado. Salvo nos casos de limitações orgânicas da máquina cerebral.


- Concordo, mas também há fatores externos nos influenciando o tempo todo.


- Sim, não nego que esses "fatores externos" podem influenciar nossas escolhas. Porém, à medida que vamos melhorando nossa percepção da vida, nossas escolhas e influências também tendem a caminhar no mesmo sentido.


- Dessas influencias externas a que me refiro, penso que há muito de "inspiração espiritual" nos nossos pensamentos e ações. 


- De fato assim o é. Muitas coisas boas nos são inspiradas para que possamos trilhar um caminho sem tantos sofrimentos desnecessários, mas, muitas vezes, ainda não estamos preparados para "ouvir esses conselhos da espiritualidade que nos encaminha para o bem.


- Então optamos pelo sofrimento por livre escolha?


- São escolhas com certa dose de liberdade, mas que carecem ainda de um pouco mais de consciência e discernimento. Infelizmente, ainda atraímos muitas energias espirituais deletérias ou negativas por causa de nosso descompromisso com o crescimento pessoal.


- Por que não assumimos logo esse compromisso para evitar tantos sofrimentos ?


- Por que ainda estamos muito apegados aos vícios terrenos. Na nossa vida prática, geralmente ignoramos nossa essência espiritual e pagamos o preço das nossas escolhas equivocadas.


- Como a gente sabe se um pensamento pode ser intuição de bons espíritos?


- Se for uma ideia de praticar uma boa ação e se referindo a assuntos que não estavam nas suas cogitações, pode ser uma inspiração ou intuição vinda do plano espiritual que nos guia.


- Mas o que acontece na prática quando temos essas "ideias do bem"?


- Geralmente as repudiamos, pois começamos a ponderar sobre os "prós" e "contras" da ação sugerida e, nossa natureza orgulhosa e egoísta acaba prevalecendo.


- Mas será sempre assim?


- Enquanto estivermos vivendo sobre os ditames do ego, do orgulho, do egoísmo... será assim.


- Quando começa a mudança?


- Quando o nosso sofrimento nos leva a enxergar que o outro também sofre e que a melhor forma de transcender o ego é fazer alguma coisa para diminuir esses sofrimentos.


- O que podemos fazer para diminuir nosso sofrimento?


- Achei que tivesse sido claro: Nosso sofrimento diminuirá quando sairmos da concha, quando enxergarmos que há pessoas que estão sofrendo muito mais do que nós.


- Basta enxergar que tem pessoas sofrendo mais do que nós?


- Esse é o primeiro passo. Depois disso, temos que fazer algo para diminuir as agruras do próximo.


- Penso que tentando diminuir o sofrimento alheio, estaremos contribuindo para amenizar os nossos sofrimentos.


-É exatamente isso o que acontece.


- Então, podemos concluir que a maioria dos sofrimentos pelos quais passamos são desnecessários?


- Sim e não.


- Fiquei confuso agora.


- Sim,  porque poderiam ser evitados. Mas como a maioria de nós ainda depende das duras lições da vida para aprender, há uma função prática nesse sofrimento.


- Obrigado, minha consciência, acho que essas lições já são suficientes por agora. Tenho muita reflexão para hoje, amanhã, depois....


-Estarei sempre à disposição!!



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