O fundo do poço existencial.
Quando você começa a se desconectar das personagens que foram criadas ao longo da existência para amenizar ou negar seus inúmeros males e carências.
Quando as máscaras caem e o espelho mostra um ser frágil, carente, dependente e extremamente falho mas começando a dar um passo consciente.
Quando os vícios e costumes de outrora, que pareciam superados, voltam a aflorar com toda força destrutiva nos deixando atordoados.
Quando achamos que temos plena consciência da nossa pequenez e estamos dispostos a sair das atitudes de fuga que nos caracteriza por séculos de "emgriaguez".
Nosso castelo de areia vai se desfazendo, as ilusões, aos poucos, vão desaparecendo e o mundo da fantasia tende à ruína com um outro mais sólido florescendo.
Entramos em parafuso, ficamos sem chão e, não raras vezes somos acometidos com uma crise de depressão que pode servir como remédio, quando estamos, de fato, conscientizados dos porquês da situação.
Mas quando nos falta o total discernimento o que seria uma crise de momento vai se alongando sem razão quando e a culpa curativa se transmuta num vitimismo vão.
Mas não será a destruição desse mundo da fantasia algo necessário já que ele foi criado para camuflar a realidade negada por nós num movimento refratário?
Empreender nova construção é um trabalho de longa duração que não aceita que mais o escapismo no trabalho de autoburilação, mas é necessário enxergar as coisas como elas de fato são.
Dê graças por ora sentir-se um miserável, um transgressor da lei maior, um ser humano que enxerga com clareza o que pode fazer de pior, pois ter consciência disso é começo de uma trajetória que caminha para o cada vez melhor.
Busquemos ajuda, aceitamos nossas limitações, tenhamos fé nesses momentos de aflições e não deixemos de considerar que nos sentimos de acordo com nossa vibrações que vai gerando muitas conexões.
Vamos rever nossos valores e prioridades, extirpar, aos poucos, dentro de nós as coisas que diminuem nossa humanidade e entender que se reconstruir requer muita paciência, resiliência, humildade.
Aceitemos nossas falhas, mas sempre querendo e buscando melhorar.
Não fiquemos presos por muito tempo na culpa sem ação, pois isso vai nos deixar vulneráveis, baixando nossa vibração.
Enfim, estejamos dispostos a mudar de atitudes e sabendo que não é por acaso que atribulação rima com renovação.
Não nos esqueçamos: O fundo do poço é oportunidade de recomeçar de se reconstruir de dar um novo sentido, uma nova razão para o nosso existir.
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