Solidão na adolescência. O caso de Luna.
Às vezes penso nas minhas dificuldades do passado como um testemunho que eu tinha que passar para compreender as dificuldades das outras pessoas, especialmente das crianças que tem dificuldades de aprendizado e não conseguem entender que podem superar esses desafios, por maiores que eles possam parecer nesse momento.
Vejo uma mocinha, adolescente, chamada Luna com uma inteligência brilhante, mas com uma mega inibição que lhe deixa sempre sozinha no seu canto com a companhia onipresente de um livro. Penso que ali pode haver um espírito muito desenvolvido racionalmente e que pode estar passando por essa prova dificílima como uma forma de testar sua capacidade de aprender e de se adaptar às situações, sempre tendo em vista também que o excesso de orgulho pretérito pode atrair semelhante situação.
Mas, para além das divagações sobre os porquês das dificuldades alheias, há aqui um ser humano que passou por questões comportamentais similares no passado e que, por essa razão, às vezes pensa no que poderia fazer para auxiliar uma pessoa em desenvolvimento passando por semelhante situação.
Porém, nesse particular, ainda estou em aprendizado, pois até hoje gosto mais de estar sozinho que acompanhado, embora não seja mais um antissocial como outrora.
Luna já está com um desenvolvimento racional e intelectual acima da média, pois a busca do conhecimento lhe preenche a lacuna, diria o vazio da não convivência. Mas isso já começa a mudar, pois aos poucos ela vai se aproximando das meninas que tem um perfil psicológico parecido com o dela. Ou as meninas se aproximam por essa razão.
Viver sozinho não uma tarefa fácil, mas quando nos habituamos a isso já não sofremos tanto as dores da solidão. Um adolescente, entretanto, precisa de um mínimo de sociabilidade.
Vou continuar observando Luna e vou anotar aqui a evolução da sua capacidade de se integrar socialmente. Paro por aqui, por enquanto.
Apesar do alto nível
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