Equilíbrio no meio turbilhão
Nos últimos dias refleti muito sobre o meu trabalho e o futuro longe das salas de aula. Inúmeros projetos e atividades me vêm à mente e penso que, apesar tudo, ainda tenho muita energia mental e parar de vez só numa impossibilidade ou doença. Não me vejo sem fazer nada pra ninguém o tempo todo, pois sei que a vida pede ação onde quer que estejamos. Porém, temos que reconhecer nossas limites e buscar fazer alguma coisa que não desafie o tempo esses limites.
Penso que têm dias em que o barulho ensurdecedor da sala me tira de um equilíbrio possível num determinado momento, mas cabe-me algumas reflexões:
- Será isso que eu chamo de equilíbrio se constitui de uma coisa sólida ou real ? Ou ainda:
- Será que uma pessoa equilibrada sai do equilíbrio de acordo com as circunstâncias externas?
Não para as duas questões, pois um equilíbrio real não é passível de mudanças de acordo com as circunstâncias externas. O equilíbrio real é interno e jamais será alterado pelas condições ambientais.
Tenho aprendido há anos que, sem o mínimo de serenidade, jamais vamos alcançar equilíbrio, pois não o encontraremos diante da agitação interior. A calma interior precede qualquer busca de ação equilibrante, sendo essa uma condição básica para esse fim.
Então, a agitação externa não é o problema, pois não é isso que nos tira a paz. Isso vai ao encontro da nossa ausência de paz interior, pois se a agitação exterior nos afeta é porque ainda estamos nos afinando com ela, mesmo que não queiramos admitir tal coisa.
Continua depois...
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