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Mostrando postagens de junho, 2021

A história de superação de Kátia.

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  - Levanta dessa cama mulher!  Vai procurar o que fazer. O silêncio, quase sempre, era a resposta de Kátia. Mas, dessa vez foi diferente.  Ela chutou o balde. CHEGA. Não aguento mais as suas grosserias! Vou embora dessa casa. Calma meu amor! Contemporizou ele. Só não aguento te ver tão desanimada.  Depressão meu querido. Já ouviu falar dessa doença? E depressão é  doença desde quando? Desde que muitas pessoas se matam por causa dela meu bem.  Meu marido era meio grosseiro, ignorante, mas extremamente carinhoso comigo. Muitas vezes pensei em deixá-lo, mas acabei cedendo aos  muitos pedidos de perdão e outras gentilezas das quais ele era pródigo.   Eu, ao contrário dele, jamais pedi perdão. Pelo menos, até o ano de 2020, quando a depressão veio fazer uma reviravolta na minha vida.  Antônio, meu digníssimo marido, até que teve bastante paciência comigo, mas ele, com seu jeito às vezes grosseiro, só queria ver a minha reação.  Os métodos dele podem ser muito questionáveis, mas a intenção

João se entrega ao amor.

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João, mesmo com muito medo, resolveu se abrir com Ana sobre o que sentia por ela e, para sua surpresa, não foi rejeitado, mas acolhido. Ana também não o via com desinteresse.  Vamos ao diálogo dos dois: - Oi Ana! Tudo bem?  - Tudo bem João. E as leituras ? - Estou lendo um livro chamado "Contos para garotos que sonham em mudar o mundo ". - Não conheço. É sobre o que ? - Trata-se das histórias de muitos personagens bem conhecidos. - Quem, por exemplo? - Santos Dumont, Darwin,  Mahatma Gandhi, Machado de Assis, Nelson Mandela entre outros. - Muito interessante. - Você está gostando? - Muito. São histórias inspiradoras. - Fico feliz com seu interesse pela leitura. - Mas eu queria te falar outra coisa. - O que ? - Tenho medo de perder sua amizade. - Você não vai perder minha amizade nunca. - É que eu estou gostando de você. - Eu também penso em você. - E então? - Podemos tentar.  E os dois começaram a trocar beijinhos às escondidas pelo orfanato, até que, quebrando as regras, Joã

Elucubrações de João.

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  João, nosso personagem citado, aquele que vive num orfanato. Ainda se lembram dele? Pois, João tem um grau de timidez que o tem atrapalhado e, além disso é ansioso em demasia, o que o leva a sofrer às vésperas de ganhar sua carta de alforria. -Mas João é escravo? Não gente, alforria, nesse caso, significa liberdade, pois o nosso personagem está prestes a completar 18 anos e será desligado do orfanato onde vive.  Mas a liberdade, sonho por anos acalentado, agora lhe assusta sobremaneira e João busca, desesperadamente, criar laços para que a solidão não o assombre num futuro próximo. Ele conheceu Ana, uma menina um ano e meio mais nova que ele, leitora insipiente, mas empolgada com os livros. Agora João começa uma relação mais sólida com os livros, mas ao mesmo tempo se sente atraído por Ana. A insegurança, companheira de todas as horas, o aconselha a não arriscar sua amizade, mas João quer afrontá-la pela primeira vez na sua vida. Talvez, seu principal aprendizado seja ter que lidar c

Vá com Deus amigo Jairo.

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  No minha última postagem, falei da dificuldade do personagem João de criar laços afetivos com outras pessoas. Esse personagem foi criado à minha imagem e semelhança, pois essa sempre foi uma grande dificuldade na minha vida. Apesar disso, tenho alguns laços que se mantém, outros muitos que estão latentes, pois o gostar de alguém não se extingue pela nossa simples vontade. Ainda que não haja reciprocidade (esse tem sido o problema muitas vezes) o laço afetivo permanece em nós amadurecendo até que esse amor fraterno (se houver) suplante o orgulho que, muitas vezes, se torna empecilho para que as emoções sejam vividas em plenitude. Mas algumas vezes encontramos afinidade e reciprocidade numa pessoa que cruza nossa existência e daí (re) nasce uma grande amizade.  Isso é motivo de júbilo, pois os amigos de verdade são efetivamente raros. Especialmente em casos como o meu em que o orgulho cobra um retorno como prova de reciprocidade afetiva e muitas pessoas vão ficando pelo caminho por ess

Criando laços...

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    Depois da conversa com Dona Rosa, diretora do orfanato, João tentou se ambientar melhor com seus colegas, especialmente aqueles que, como ele logo estariam foram do orfanato. Tinha até intimidade com alguns, mas amizade de verdade mesmo, na opinião rigorosa do nosso personagem, não tinha nenhuma.  Se aproximou de Ana, 16 anos que também fazia planos para o pós orfanato: - Oi Ana. Tudo bem ? - Tudo e você ? - Eu estou bem. Apenas preocupado com a minha saída próxima.  - Relaxe João. Não sofra por antecedência.  - Mas é normal se preocupar com o futuro.  - O Dr, Vitor (psicólogo do orfanato) me ensinou que é inútil sofrer por coisas que ainda não aconteceram.  - Mas é difícil controlar a ansiedade.    - Eu tenho aprendido a sofrer menos com isso.  - Como você faz ? - Eu ocupo a cabeça com outras coisas.  - O que por exemplo ? - Eu aprendi a gostar de leitura.  - Eu até gosto de ler um pouco. Mas é cansativo.  - No começo pode ser, mas depois você se acostuma.  - Mas leitura é bom par

Um alívio momentâneo para João.

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  João estava prestes a sair do orfanato, mas não sabia o que fazer, que caminho tomar, onde morar e como poderia arrumar um emprego sem nenhuma experiência profissional. Como só poderia conversar com o psicólogo uma semana depois, resolveu expressar suas angústias alí mesmo para dona Rosa, a diretora do orfanato: - Vai ser difícil esperar até semana que vem. - Então fala meu filho. O que te aborrece ? - É que eu estou temendo a liberdade. - Isso é natural João. - Eu quase nunca saí de dentro do orfanato e não tenho ninguém lá fora. - Mas você terá nosso apoio sempre. - Mas eu queria ser independente. - Isso vai acontecendo aos poucos. - Tem a questão do emprego. Como vou arrumar  emprego sem experiência ? - Temos convênios com muitos empresários e o curso técnico que você está concluindo aqui vai lhe servir de alguma coisa. - Alguns colegas não foram bem sucedidos. - Cerca de 80% dos ex internos da nossa instituição conseguem empregos devido aos convênios firmados com empresários. - M

João e a liberdade.

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  João acordou agitado e com a sensação de que pouco dormiu naquela noite. Embora tenha deitado às  dez  horas da noite  e acordado às seis , como sempre,  levantou da cama extenuado e mal humorado. Dali a três meses completaria 18 anos e esse fato, longe de trazer-lhe a alegria da liberdade, causava--lhe a preocupação excessiva com o futuro. Vivera sempre no orfanato e, até onde sabia não tinha nenhum parente consaguineo. Sua mãe o abandonara ao nascer e nunca soube quem era seu pai. Por essas razões , a revolta sempre lhe acompanhou. Há alguns anos ansiava pela liberdade e completar 18 anos e sair do orfanato era seu maior desejo, mas agora o receio do desconhecido, do que poderia encontrar além dos muros do orfanato lhe causava uma ansiedade, um medo que ele não sabia explicar. -Dr Vítor, o psicólogo, trabalha toda sexta-feira no orfanato e amanhã ele estará aqui. Não aguento mais guardar tanta angústia dentro de mim. Preciso me abrir com alguém para não explodir.  A sexta-feira che

A dádiva do recomeço.

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  Quando (re) nascemos trazemos, além da carga genética da nossa família, o nosso prontuário como espírito. Isto é, a história de nossas vidas pretéritas e como isso deixa alguma marca  em nosso atual corpo físico. Daí, podemos chegar a algumas deduções de que essas marcas indeléveis na forma de imperfeições físicas (por mínimas que possam parecer) se relacionam de alguma forma com episódios de outrora. Nada é por acaso, é bom que entendamos isso, pois a vida é justa e Deus não não criou um mundo de incoerências e injustiças.  Se ELE é perfeição, logo, deduz-se que sua criação também há de ser perfeita. Então, o "defeito" que identificamos em nós é uma dica de onde está nosso calo, de onde o sapato nos aperta. Ou seja, somos herdeiros de nós mesmos e devemos ser gratos à vida e aos poderes da criação por estar sempre reconstruindo nossa história e deixando cada vez menos aparentes essas cicatrizes oriundas das nossas imperfeições morais  Obrigado Deus pela dádiva dois muitos

A família é nossa primeira escola.

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Às vezes nos sentimos culpados por uma relação um tento quanto conturbada com aqueles que nos compartilham a mesma família carnal.  Digo nesse particular que não somos perfeitos, assim como nossos irmãos consanguinios não o são. Estamos vivendo nossas batalhas íntimas e aprendendo a amar no dia a dia. Aliás, essa é a lição que repetimos muitas vezes tal qual o aluno que repete de ano e tem que rever todo o  conteúdo dantes negligenciado. Somos negligentes no que tange ao aprendizado do amor. Então,  aprender a internalizar esse amor é a suprema razão desse nosso ir e vir despindo e revestindo o corpo de carne que periodicamente moldamos de acordo com nossa necessidade.  E quanto à família carnal? Acredito que nascemos na família que, em tese, pode nos propiciar  um caminho para essa finalidade maior de trabalhar o amor. Mas, é bom que se diga, muitas barreiras precisam ser vencidas para que possamos atingir o objetivo final. O núcleo familiar em que nascemos, no meu modo de ver, trás a

As faces do ciúme...

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  Mesmo nos deixando desequilibrados ele é muitas vezes idealizado, sendo em canções e poemas decantado e até mesmo com o amor as mais das vezes ele é comparado. Será que não estaremos equivocados ? Será que   o ciúme não é um sentimento deveras descontrolado? Será que ele não mina  relações,   causando desavenças podendo ser equiparado a uma doença ? Ressentimento comigo ? Guarde não! Essas são apenas meras reflexões,  baseadas exclusivamente em minhas opiniões! Mas se é para refletir, não podemos parar por aqui, pois esse assunto é importante demais para começar e logo se extinguir! Acho que o ciúme acomete quem  está muito inseguro numa relação, pois almeja controlar o outro sem qualquer restrição, mas que não consegue enxergar que todo esforço nesse sentido será vão. Mas será que esse terrível medo da traição não guarda um desejo inconsciente de fazer aquilo que lhe repugna a razão ? Será que não estaríamos temendo no outro ver aquilo que  sabemos que nossa nossa vontade (inconscie

A busca do melhor, sempre...

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  Que hoje tenhamos foco na busca do melhor que há há em nós. Que a nossa luta seja para combater as mágoas, os ressentimentos, os rancores e o ódio, o maior veneno que abrigamos em nosso coração. Que sustentar os bons propósitos seja nossa meta sincera, implicando isso em reconhecer os erros e desvios que aínda temos a corrigir.   Que sejamos tão sinceros no julgamento dos nossos equívocos, quanto temos sido quando apontamos supostos erros alheios. Em suma, que bons propósitos e sentimentos alimentem nosso caminhar sempre na busca de sintonias salutares. E, finalmente, que essas constatações não nos paralise na culpa inútil, mas que gerem uma resignificação das nossas escolhas e a busca paulatina de novos caminhos.  Esse é nosso desejo para hoje, amanhã e sempre. Assim seja!