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Mostrando postagens de março, 2021

No Recanto das rosas parte 2.

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  Sonhar colorido, isto é, ter a continuidade de um sonho como se fosse uma novela  é um grande  privilégio. Pois eu estou tendo esse benefício  e devo agradecer muito por isso, pois a curiosidade era grande para saber se voltaria ou não no tal Recanto das rosas, um local que, aparentemente, faz parte de algum plano astral (ou espiritual)  vizinho do planeta terreno.  Uma personagem chamada Rita me disse então que estávamos numa paragem onde cultivar rosas das mais diversas cores, tipos e nuances é uma especialidade do local.  Por isso, a tal "colônia espiritual" é chamada de "recanto das rosas". Vamos ao que interessa depois de todo esse preâmbulo explicativo. Estava eu, meio que mergulhado em meus constantes  pensamentos no mesmo deslumbramento que dantes a apreciar  tanta beleza,tantas cores, tantas rosas e plantas e as nuances que a natureza poderia apresentar, até que tive a atenção atraída por um casal composto por dois rapazes que andavam de mãos dadas pelo p

Passeando pelo recanto das rosas parte 1.

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  Andava por uma paisagem linda dentro de um parque onde havia várias pessoas que conversavam sobre uma grande área gramada. Havia lindas flores das quais  eu nunca havia visto em lugar nenhum. As cores eram tão diversas que também ultrapassavam as que conheço.  As perguntas se multiplicavam em minha cabeça: - Que lugar será esse ? Será que ainda estou no planeta terra? Então veio alguém em meu socorro: - Oi! Sou Rita e estou ao seu dispor. - Oi Rita! Me chamo Francisco e estou curioso com esse lugar aqui. Nunca vi tanta beleza e tantas cores. Estamos no planeta terra? - Na verdade  estamos numa colônia espiritual. - E por que isso aqui me parece tão familiar? - Por que você já esteve aqui algumas vezes. - E qual o nome dessa colônia? - Recanto das rosas. Porque  aqui  cultivamos rosas de inúmeras espécies. Fiquei maravilhado com tudo o que o via e ouvia, mas um latido de cachorro me trouxe de volta para o planeta terra.  Amanhã, se eu tiver a dádiva da continuidade desse sonho, falo m

As belas canções são eternas.

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  Josenilton adora ouvir músicas  brega dos anos setenta e oitenta, mas não é apenas isso que ouve. Gosta também de rock daquela mesma fase. O filho, Hamilton, está sempre enchendo o saco: - Você não ouve outra coisa não? Parece que ficou "preso no passado'. -O que posso ouvir senão as músicas boas que a história deixou pra gente?  - Mas existem boas músicas no presente também. É só se abrir para novos gostos e novas possibilidades. O filho gostava de encher o saco do pai, pois ele mesmo gostava de algumas músicas de MPB antigas e, especificamente , de rock dos anos noventa e dois mil. Mas, especialmente, gostava de boas letras e intérpretes que deixaram seu nome na historia. Era aniversário de vinte e cinco anos de Hamilton e só rolava rock de quase trinta anos atrás. Então, o pai resolveu dar o troco no filho:  - O que isso? Será  que estou ouvindo bem? Mas você não abomina o passado? - Na verdade não pai. Eu até gosto de músicas do passado, mas também não deixo de apreciar

Nunca desanimes!

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  Estamos nos construindo todos os dias, de modo que hoje já não somos exatamente aquilo que fomos ontem, pois as mudanças, mesmo que aparentemente imperceptíveis, estão sempre em curso, visto que fomos criados para o êxito na luta que temos que travar contra as tendências, os pensamentos e tudo que tende a testar a nossa persistência no caminho do bem. - Mas o demônio me atrapalha! O demônio (figura simbólica que representa o mal) está dentro de você mesmo. E não apenas ele, mas Deus, (simbolicamente falando) também está em ti. Então, estamos diante de uma questão de escolha: Ou você se orienta mais para um lado ou para o outro (as oscilações são partes do processo). Parece simples não e? Mas não é tão simples assim, pois se orientar para o bem é estar disposto (a)  a  enfrentar várias batalhas todos os dias. Haverão pessoas que se afastarão de você, outras farão de tudo para te dissuadir do seu intento e  as circunstâncias serão testes diários para sua resistência e resiliência. Mas,

A fossa de Rafael

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  E a vida seguia sem que nada digno de nota mudasse a rotina de Rafael e Marta. Ele estava confortável com a amante jovem e linda, um troféu que deixava seu ego mais inflado que nunca e ela deu um tempo nas suas cobranças, pois já não estava segura de que casar com Rafael seria a melhor decisão a tomar. Dona Marlene, esposa de Rafael, ignorava as possíveis peripécias do marido. O sabia egocêntrico e metido a garotão, Porém, seus afazeres ocupavam dignamente seu tempo, de modo que não podia ficar preocupada com as possíveis aventuras extra conjugais do marido. Sempre ouvia uma coisinha aqui , outra aculá, mas preferia não entrar nessas picuinhas. Ignorava solenemente as fofocas em derredor. Tinha mais o que fazer. Marlene adorava os trabalhos sociais que fazia numa instituição voltada para a educação de jovens nas periferias da cidade. Sentia-se realizada nesses afazeres que não só ocupavam-lhe o tempo, mas davam-lhe, verdadeiramente, satisfação. Um dia, pressionado pela namorada,

O dilema de um casal.

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  Decisões, escolhas, destino. Será mesmo que minhas escolhas de hoje vão impactar minha vida amanhã? Será  melhor escolher errado ou optar por nada fazer? Rafael estava diante de uma decisão difícil. Aos 55 anos, era bem sucedido, mas se apaixonou  perdidamente por uma linda mulher que o tal do destino lhe  fez cruzar o caminho.  Casado há quase três décadas, estava numa  encruzilhada, pois a razão lhe  dizia para não largar a companheira de tantos anos, mas a paixão o enlouquecia,  turvava-lhe o entendimento. Preferia que as coisas continuassem do jeito que estavam, mas já havia um ano que conhecera Marta que lhe dera um ultimato:     - Ou você decide sua vida com sua mulher ou nunca mais vai me ver. Chega de ser amante e de ter sempre a sensação de estar fazendo algo de errado.      -  Calma minha querida! Não precisamos ser  tão radicais! Já lhe disse que Marlene é apenas uma amiga! Nosso casamento acabou faz tempo.    - então é mais fácil ainda. Basta sair de casa e resolver os pa

O bem acabou reinando em Rachadovisk.

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  As coisas iam de mal a pior no reino de Rachadovisk, pois, como vimos, a peste (agora já se sabe que é a peste bubônica) voltou a assombrar o povo depois de décadas.  Quando Amild (a irmã do rei) tentou alertar o soberano: A peste bubônica vem das pulgas dos ratos. Nesse momento, temos que providenciar o remédio para a população e depois arrumar um lugar afastado onde se possa descartar todo o lixo.   Essa doença é passageira. Além do mais, o povo é forte. E não havetia dinheiro para comprar  remédio para toda população. Acho que se houver menos gastos com os luxos da corte e cortes em outras áreas se consegue a a verba necessária para imunizar a população.  Nem pensar. Não posso romper com compromissos já assumidos. E a doença ganhou proporções inimagináveis e acabou chegando na corte, pois naquele tempo, as condições de higiene eram precárias até entre os ricos. Nobres começaram a morrer em função da terrível doença que, até então, era minimizada pelo governante maior que começou

A luta do bem contra o mal no reino de Rachadovisk parte 1.

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  No distante reino de Rachadovisk, o velho e bondoso rei estava preocupado com sua sucessão: Eu deveria estar feliz nos meus últimos anos de vida, mas a minha sucessão me preocupa em demasia.  Não se preocupe antes do tempo meu marido! O Otim vai ser um ótimo rei. A mãe era apaixonada pelo filho e preferia ignorar suas falhas de caráter. O rei Ignacius II fez a última viagem e o trono foi herdado pelo filho Otim. O rapaz, porém, se mostrou insensível, egoísta e incapaz de enxergar as demandas do povo que, ainda assim, o idolatrava, pois ele é hábil na arte de falar e, especialmente, de mentir. A irmã mais nova, Amild ficou sabendo da intenção do irmão rei de cortar parte da verba destinada a alimentação dos mais pobres: Você não pode fazer isso Otim, senão muita gente vai morrer de fome. Essa era uma das prioridades do papai. Mas ele já morreu. Agora o rei é Otim I. Eu mando e obedece quem tem juízo. Caso contrário, a guilhotina pode voltar a ativa. A irmã saiu triste do palácio e se

O desabrochar de dona Neusa.

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  Dona Neusa fazia de tudo para manter a harmonia daquele lar. Criara oito filhos e sempre  considerara os desejos dos filhos e do marido em primeiro lugar. Fora católica desde sempre e se habituara aos questionamentos não respondidos ou às respostas insatisfatórias no campo filosófico-religioso. Até que um dia o marido chega com uma novidade: Agora vamos frequentar uma religião nova, ou melhor, uma nova filosofia religiosa. Do que você está falando? Do espíritismo. Um amigo do trabalho frequenta há muitos anos e me deu uns livros para ler. Agora, depois da leitura, estou pronto para frequentar. E não houve mais discussão: passaram a frequentar o tal de espiritismo, embora Neusa continuasse a ir às missas todos os domingos pela manhã, pois era uma tradição familiar. O tempo passou e após lerem muitos livros (Neusa sempre gostou de leitura) a  nova filosofia religiosa estava quase que inteiramente internalizada. Seu marido porém, queria romper com as antigas tradições:    Por que você

Quem aceita a companhia do amor?

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  A ilha dos sentimentos estava desaparecendo. Seus habitantes estavam em polvorosa e quase todos faziam o que podiam para rumar para o continente. O amor não possuía uma embarcação própria e ia precisar de uma carona para se livrar da catástrofe iminente. Viu um barco suntuoso e achegou-se. Era a embarcação da riqueza: Posso ir com você dona riqueza?  Aqui não há mais espaço. Eu  sou a riqueza e possuo muitos haveres. Além do mais, já estou abrigando parte dos bens da avareza que acumulou tanto que não tem como levar tudo na sua enorme embarcação. Aqui não há espaço para o amor. Mas o amor não tinha a menor presa. Sabia que, de uma forma ou de outra, conseguiria sair da ilha a tempo.  E o amor continuava seu tour pela ilha onde observava a grande quantidade de embarcações  que se preparava para zarpar.  Chegou perto de um barco enfeitado em demasia. Era a embarcação da vaidade: Há espaço para o amor nesse lindo barco? Não aceito ninguém que possa me ofuscar por aqui. A vaidade deve re

O dilema de Valdecir

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  Valdecir é um machão "convicto", homofóbico assumido, mas tem no alcoolismo seu calcanhar de Aquiles. Ao menos é isso que dizem alguns amigos: Você estava muito carinhoso ontem Valdecir. Agarrando e beijando os seus amigos a todo instante.  Especialmente as mulheres né! Poderia até dizer o que você deseja ouvir. Só que não. Você estava, e sempre fica, carinhoso com os homens.  Você está me sacaneando. Por que eu faria isso se o meu negócio é mulher? Não me venha com essa! Mas todos os amigos confirmaram o que Armando disse: É verdade Valdecir. Você sempre fica carinhoso com os homens quando bebe. Alguém ainda disse: É seu lado feminino que aflora.  Tiveram que segurar o "machão", pois senão ele ia encher a cara do atrevido de porradas.  Onde já se viu! Eu não tenho lado feminino. Eu sou 100% macho. Comigo não tem esse negócio de homem com lado feminino. Isso é coisa de viado. E todos caíram na gargalhada. Valdecir era melhor pessoa quando bebia, pois ficava isento